sexta-feira, outubro 28, 2005

Haja tranquilidade

- Boas Vidas!!!Nem tudo vai mal nesta nossa República· (Pelo menos para alguns)Com as eleições legislativas de 20/Fevereiro, metade dos 230deputados não foram eleitos. Os que saíram regressaram às suas anterioresactividades.Sem, contudo saírem tristes ou cabisbaixos. Quando terminam asfunções, os deputados e governantes têm o direito, por Lei (deles) a umsubsídio que dizem de reintegração:- um mês de salário (3.449 euros) por cada seis meses de Assembleiaou governo.Desta maneira um deputado que o tenha sido durante um ano recebedois salários (6.898 euros). Se o tiver sido durante 10 anos, recebevinte salários (68.980 euros). Feitas as contas e os deputados que saíramo Erário Público desembolsou mais de 2.500.000 euros.No entanto, há ainda aqueles que têm direito a subvenções vitalícias oupensões de reforma (mesmo que não tenham 60 anos). Estas são atribuídasaos titulares de cargos políticos com mais de 12 anos.Entre os ilustres reformados do Parlamento encontramos figuras como:Almeida Santos......................... 4.400, euros;Medeiros Ferreira....................... 2.800, euros;Manuela Aguiar......................... 2.800, euros;Pedro Roseta.............................. 2.800, euros;Helena Roseta............................ 2.800, euros;Narana Coissoró ...................... 2.800, euros;Álvaro Barreto............................. 3.500, euros;Vieira de Castro........................... 2.800, euros;Leonor Beleza ............................ 2.200, euros;Isabel Castro............................... 2.200, euros;José Leitão................................ 2.400, euros;Artur Penedos............................ 1.800, euros;Bagão Félix............................... 1.800, euros.Quanto aos ilustres reintegrados, encontramos os seguintes:Luís Filipe Pereira ............... 26.890, euros / 9 anos de serviço;Sónia Fortuzinhos ............... 62.000, euros / 9 anos e meio de serviço;Maria Santos ....................... 62.000, euros /9 anos de Serviço;Paulo Pedroso .................... 48.000, euros /7 anos e meio de serviço;David Justino ...................... 38.000, euros /5 anos e meio deserviço;Ana Benavente ................... 62.000, euros/9 anos de serviço;Mª Carmo Romão ................ 62.000, euros /9 anos de serviço;Luís Nobre Guedes ............ 62.000, euros/ 9 anos e meio de serviço.A maioria dos outros deputados que não regressaram estiveram lásomentea última legislatura, isto é, 3 anos, o suficiente para terem recebidocerca de 20.000, euros cada.É assim a nossa República (das bananas) !!!!!!!!!!!!!É ESTA A CLASSE POLÍTICA QUE TEM A LATA DE PEDIR SACRIFICIOS AOSPORTUGUESES PARA DEBELAR A CRISE...

quinta-feira, outubro 27, 2005

Nazis no mundo

Detido skinhead que atacou gay

A polícia brasileira prendeu o alegado líder de um grupo de skinheads e a sua mulher acusados da tentativa de homicídio de um homossexual. Eduardo Toniolo Del Segue, de 25 anos, e Edwiges Francis Barroso, de 26, apunhalaram o home, há um mês atrás, na cidade de Curitiba. A vítima, que recebeu cuidados médicos logo após o ataque, só foi capaz de identificar os agressores anteontem.

Onde está a academia sueca na hora de dar o prémio nobel da literatura aos pais destas criaturas???????

E depois queriam que eles não fossem nazis...com nomes destes o que não falta é um passado tenebroso de duros traumas escolares e muita raiva contida.

O "Barroso" da Edwiges é-me familiar...seja pelo durão, seja pelo nazi...estranhas coincidências.

Perdidos&Achados




















Uma partilha absolutamente indispensável:)

Desculpem lá o enjôo...ideal para uma digestão prolongada!

(In)tacto

Caro Candidato,

Na sequência da sua candidatura ao Programa INOV Contacto, e tendo sido indicado para a realização de testes de selecção junto da empresa EGOR, lamentamos informá-lo de que foi considerado NÃO APTO a integrar este Programa de estágios internacionais.

Agradecendo a disponibilidade demonstrada e desejando-lhe os maiores sucessos profissionais, apresentamos os nossos melhores cumprimentos


Vera Saudade e Silva
Directora do Programa
Icep Portugal


A rejeição...

A mesa era rectangular, o que já não previa nada de bom... o círculo é perfeito...o rectângulo é apenas um esboço da perfeição, com pontas afiadas que se insinuam pelo caminho. Enfim...o gajo da gravata, do Banco Federal Alemão, também não ajudou à digestão. Depois de uma noite mal passada mas muito bem bebida, aquele era um conjunto demasiado surreal para a minha compreensão parcelar da realidade. Olhei para eles e senti-lhes o cheiro. A carne morta, à vida interrompida, às frases encomendadas e à postura recomendada...tudo perfeito, pulido...filhos do neo-liberalismo, filhos da puta.
Lembrei-me de nós, de tudo o que passamos juntas, dos outros que nos rodeiam...lembrei-me de ti. Percebi, sem muito esforço ou convicção, que aquele não era o meu lugar. O espírito de liderança, a capacidade de iniciativa e a atitude empreendedora não me servem, não há número que se adapte...é justo, demasiado curto...Eu que falei dos meus defeitos, das minhas virtudes e, sem querer, dos meus próprios medos. Ela, a técnica de recursos humanos, que permanecia impassível. Eu sorria, ela escrevia...foi assim, numa sala pequena e perante um ar gélido, maquinal e em quinze minutos que se escreveu a pequena história da minha incursão num mundo competitivo, excessivamente ordenado, esquemático e redutor.

Como já era previsível, a frieza de uma tarde acabou por se diluir num simples
e-mail...compreensivamente concreto... esquematicamente gelado.

P.S. para o ano lá voltarei a concorrer...espera-se que até lá o mundo me tenha ensinado a viver assim...com fórmulas de cálculo.

sexta-feira, outubro 21, 2005

Aquilo que as mulheres não dizem

Uma história vinda directamente de Itália...aqui fica o original e a tradução que se pôde arranjar.

Grazie Erasmo!

O Giovanni sentia-se atraído pela Teresa.
Convida-a para ir ao cinema e ela aceita.
Divertem-se. Na noite seguinte, ele convida-a para um jantar e depois passam a noite juntos.
Começam a namorar.
Uma noite, no carro, Teresa, sem pensar, diz:
“Já pensaste que hoje faz seis meses que namorámos?”
Faz-se silêncio.
Para Teresa, aquele silêncio está repleto de significado. Pensa:
“Se calhar não devia ter dito isto, ele deve ter pensado
que quero forçá-lo para uma relação que ele não deseja
ou da qual não está seguro”.
Mas Giovanni pensa: “Seis meses...”
E Teresa recorda: “Mas nem eu queria este tipo de relação. De vez em quando,
gostava de ter um pouco mais de liberdade, para pensar se é isto mesmo que desejo de verdade...Será que seremos sempre assim tão íntimos?Estarei pronta para esta relação? Conheço-o de verdade?”
E Giovanni pensa: “Portanto isto significa que foi...vejamos...em Fevereiro que começámos, depois de ter deixado o carro na oficina, isto é...vejamos o conta-quilómetros...merda! tenho que mudar o óleo!”.
E Teresa pensa: “Está confuso, vê-se nos seus olhos. Ou posso estar a interpretar mal. Se calhar quer mais da nossa relação,
mais intimidade; talvez ele já tenha percebido as minhas próprias reservas.
Sim, é isso, tem medo de se sentir rejeitado”.
E Giovanni pensa: “Tenho que lhes dizer para verem novamente o carburador.
Isto anda como um camião do lixo”.
E Teresa vai reflectindo: “Está triste. Meu Deus, sinto-me tão culpada,
obrigando-o a passar por isto, mas não posso evitar de sentir o que sinto.
E não me sinto segura”.
E Giovanni pensa: “Vão-me dizer que tenho só três meses de garantia!”.
E Teresa: “Talvez seja muito idealista, à aguardar a chegada do príncipe montado
num cavalo branco quando tenho a meu lado uma pessoa comum, boa, que é importante para mim e com a qual gosto de estar. Alguém que sofre com o meu egocentrismo fantasioso de adolescente romântica”.
E Giovanni pensa: “Querem uma garantia? Eu dou-lhes a garantia...”
“Giovanni!”, diz Teresa em voz alta. “Que foi?!”, pergunta Giovanni surpreendido.
“Por favor não me tortures assim”, exclama com os olhos cheios de lágrimas:
“Talvez não tenha este direito...meu Deus, sinto-me assim...”
e começa a chorar. “Que foi?”, pergunta Giovanni.
“Sou uma estúpida”, soluça Teresa: “Quer dizer, eu sei que não existe aquele princípe. Não existe cavaleiro nem cavalao...”
“Não há cavalo?”, pergunta Giovanni. “Penas que sou uma
estúpida, não é verdade?”. “Mas claro que não”, diz Giovanni, feliz por dizrt alguma coisa

com sentido. “É só que...preciso de um pouco de tempo”, diz Teresa.
Faz-se uma pausa de 15 segundos, durante a qual Giovanni tenta pensar o mais rapidamente possível, à procura de uma resposta.
Finalmente surge-lhe: “Claro que percebo”, diz.
Teresa, emocionada, segura-lhe na mão: “Oh Giovanni, pensas mesmo assim?”
“Ah”, diz Giovanni, “claro, seguramente...”. Teresa olha-o nos olhos, fazendo com que ele se sinta cada vez mais nervoso, sem saber o que ela poderá dizer, sobretudo se estiver
relacionado com um cavalo.
No fim, ela olha-o e diz: “Obrigada Giovanni”.
Ele acompanha-a a casa e ela vai dormir. Com a alma torturada, chora até ao amanhecer. Entretanto Giovanni regressa a casa, abre um saco de batatas-fritas, liga a televisão
e assiste a uma partida de ténis entre dois jogadores desconhecidos.
Uma voz débil, no ângulo mais recôndito da sua mente, diz-lhe que qualquer coisa de importante se terá passado no carro, mas ele está seguro de que não
existe forma de perceber o que foi: melhor não pensar.
No dia seguinte, Teresa chama uma das suas amigas e falarão do que se tinha passado durante seis horas seguidas. De forma dolorosamente detalhada, analisaram tudo o que ela disse e tudo o que ele lhe disse, reflectindo sobre cada ponto uma e mais vezes, examinaram cada palavra, considerando possíveis implicações.
Continuaram a discutir durante semanas, sem chegar a conclusões mas sem nunca se aborrecerem.
Um dia, Giovanni, enquanto assistia a um jogo de futebol com um amigo, disse distraidamente: “Luca, sabias que a Teresa tinha um cavalo?”...

Non è geniale?
Baci, Erasmo

"QUELLO CHE LE DONNE NON DICONO"

Mari,devi assolutamente tradurre questo pezzo e metterlo nel tuo blog. se non ci riesci, ti aiuto io. E' di una ironia stupenda. Secondo te è vero che le donne pensano così?? Secondo me si...


Giovanni si sente attratto da Teresa.
Le propone di andare al cinema e lei accetta. Si divertono. Sere dopo lui la invita a cena, e dopo stanno bene.
Si fidanzano.
Una sera in auto, rincasando, Teresa senza pensarci dice: "Hai pensato che oggi sono 6 mesi che ci vediamo?". Si fa silenzio in auto.
A Teresa quel silenzio sembra pieno di significati. Pensa: "Forse gli avrà dato fastidio che abbia detto questo, forse crede che io voglia forzarlo a prendersi un impegno che lui non desidera o del quale non è sicuro". Ma Giovanni sta pensando: "Ma guarda, sei mesi..."
E Teresa pensa: "Ma neanche io sono sicura di volere questo tipo di rapporto. A volte mi piacerebbe avere un po' di libertà, per aver tempo di pensare a ciò che voglio veramente... Continueremo a vederci a questo livello di intimità? Sono pronta per questo impegno? Conosco davvero quest'uomo?".
E Giovanni pensa: "Quindi questo significa che era... vediamo... febbraio quando iniziammo, giusto dopo aver lasciato l'auto dal meccanico, cioè... vediamo il contakm... merda!, devo cambiare l'olio!". E Teresa pensa: "E' sconvolto. Glielo leggo in faccia. O forse sto interpretando male. Forse vorrebbe di più dal nostro rapporto, più intimità; forse lui ha sentito prima di me che ho delle riserve. Sì, è questo, ha paura di sentirsi rifiutato".
E Giovanni pensa: "Devo dire loro di guardarmi di nuovo il carburatore. Questa cosa cammina come un camion dell'immondizia".
E Teresa pensa: " E' arrabbiato. Anche io lo sarei. Dio, mi sento così colpevole, facendogli passare questo, ma non posso evitare di sentirmi come mi sento. E non mi sento sicura". E Giovanni pensa: "Mi diranno che ha solo tre mesi di garanzia!".
E Teresa pensa:" Forse sono troppo idealista, aspetto che arrivi il principe azzurro sul suo cavallo bianco quando ho al mio fianco una persona comune, buona, con la quale mi piace stare, che è importante per me e alla quale io importo. Una persona che soffre per le mie egocentriche fantasie da adolescente romantica".
E Giovanni pensa: "Vogliono una garanzia?" Gliela do io la garanzia.." "Giovanni!" dice Teresa a voce alta. "Cosa?". dice Giovanni sorpreso "Per favore non ti torturare così" dice lei con gli occhi velati di lacrime: "forse non avrei dovuto dirti...O Dio, mi sento così..." e si interrompe singhiozzando. "Cosa c'è?" dice Giovanni. "Sono così stupida" singhiozza Teresa: "voglio dire, lo so che non esiste quel principe. Non esiste né cavaliere né cavallo..." "Non c'è il cavallo?" dice Giovanni stupito. "Pensi che sono stupida vero?" dice Teresa."Ma no" dice Giovanni, contento di avere finalmente una risposta certa." E' solo che... ho bisogno di un po' di tempo" dice Teresa. C'è una pausa di 15" durante la quale Giovanni pensando più velocemente che può, cerca una risposta. Finalmente gliene viene in mente una: "Certo, ti capisco" dice.
Teresa emozionata, prende la sua mano: "Oh, Giovanni davvero pensi questo?". "Ah" dice Giovanni "sì, sicuramente...". Teresa si volta per guardarlo e fissa i suoi occhi, rendendolo alquanto nervoso per quello che lei gli potrà dire, soprattutto se ha a che vedere con un cavallo.
Alla fine lei gli dice: "Grazie Giovanni".
Lui la accompagna a casa e lei va a letto. Essendo un'anima che si tortura, piange fino all'alba. Intanto Giovanni torna a casa, apre un sacchetto di patatine, accende la tv e si immerge nella replica di una partita di tennis tra 2 giocatori sconosciuti. Una debole voce in un angolo recondito della sua mente gli dice che qualcosa di importante è successo nell'auto, ma è sicuro che non c'è modo di capirlo: meglio non pensarci.
Il giorno dopo Teresa chiamerà una delle sue amiche e parleranno della cosa per 6 ore di seguito. In forma dolorosamente dettagliata, analizzeranno tutto ciò che lei ha detto e tutto quello che lui ha detto, ritornando su ogni punto una e più volte, esamineranno ogni parola, considerando ogni possibile ramificazione. Continueranno a discutere per settimane, senza arrivare a conclusioni ma senza mai annoiarsi.
Intanto Giovanni un giorno, guardando una partita di calcio con un amico, distrattamente dirà: "Luca, sai se Teresa ha un cavallo?"...


Non è geniale?
Baci,Erasmo

quarta-feira, outubro 19, 2005

ohhh Pssttt!



Olha, Olha tu ai.... ohhh Psttt!!!

Então menina, não vais dar o salto?
Diz ela corada: Eu dar o salto, mas tenho medo...!
Andá la menina, tu és capaz...
Ok....!!! Inesperadamente sucede algo surpreendente, ora vejam!!
....
Menina?! Oh Menina?! Espera não vás, estás descalça!!!
AH!AH!
Agora é que é! Eu vou dar um salto pr'a minha doce loucura de te ter e não
de pensar que vou, ficar sem o teu belo sorriso, que me esmaga e que
me arrepia.

Hummm... ouvem-se os baixos, a bateria, os violinos, a guitarra. Humm e tu a sussurrar-me ao ouvido, a tua voz tão doce, melódica, quente.... aaahhh!!
Um orgasmo musical a está hora, meu deus!!! A minha loucura passa já para além da própria loucuro, quero agarrar-te, tocar-te outra vez, mas escorregas como água... não vás!! Não váaaaas!!!

De novo, despentei o meu cabelo.... fico confusa, tenho de o fazer outra vez:
Vou dar um salto...! Ai! Desta vez está tão alto, é demasiado fundo o poço, ainda por cima estou sozinha. Fico triste mas de repente começo a ouvir aquela música fantástica, demasiado perfeita para ser real... Fecho os olhos, que se foda está merda toda!!!!!!

Olho em frente, ele está ali mesmo à minha frente e por isso... Vou dar o salto pr'a minha doce loucura de ter e não de pensar que vou, ficar sem o teu belo sorriso que esmaga e que me arrepia.

Um dia quando me abraçares e sentires-me no teu corpo... já não estarei aqui para contemplar essa perfeição!

Até amanhã!
Dulce

MDM, ao poder....!!!

terça-feira, outubro 18, 2005

Inverno...

Já começam a cair as primeiras folhas...Há umas que custam mais do que outras.
Estas sem duvida vão custar muito...A vida continua...ficaram as memórias...ficaram os sonhos!


dimensaooculta

A pequena pedra espiritual


A uma palavra de distância fica um desconhecido...O que separa loucura de carência? O que faz de nós indiferentes face ao desconhecido?
Num pequeno movimento o mundo todo no nosso écran, os movimentos num velho e sujo teclado...Porque continuamos a enganar os nossos sentidos? Porque continuamos a acreditar que para nos sentirmos bem precisamos de nos esconder? E se a felicidade está tão perto como uma ligação telefónica, porque não está quando vamos ao supermecado? Porque não estará ela no sorriso de uma colega de quarto? Porque continuamos a pensar que a felicidade está sempre no lugar mais longínquo e incerto que imaginamos?
Não te queiras iludir com ceias no dia de Natal...nem com falsas esperanças de que no conforto do lar e no desconforto de alguém que não sabe quem és vais poder encontrar paz para os teus fantasmas...Porque a resposta está bem mais perto do que imaginas, basta olhares para onde tens andado a evitar olhar!
E nestas coisas de paixões mal começadas e fodas mal dadas já se sabe que quem paga é o estómago...por isso, porque não tomas um anti-digestivo, escreves uma carta, plantas uma àrvore e fazes as pazes contigo mesmo e segues em frente, sabendo que a felicidade depende, em primeiro lugar, daquilo que desejas em ti e não do que inventas que te desejem em ti...
O mundo é um lugar poético e perigoso...e só raramente o poético vem primeiro...é como uma úlcera...Começa sempre ( e todos sabem ) com uma estranha dor no coração!!!Quando dás conta já é tarde demais.

dimensaooculta

segunda-feira, outubro 17, 2005

Entre torradas


A manteiga derretida e os biscoitos de cão aconhegam o estômago mas não chegam para aquecer a alma. Numa noite de desilusões (para além dos 2-0) e de reencontros inesperados...por entre o fino e as conversas de sempre sinto a tua falta. Como sempre aliás...por entre os reflexos do rio e os momentos que medeiam mais um cigarro, a tua lembrança insiste em permanecer...permanece tudo tranquilo como sempre...pulido, inoperante, passivo. Apesar do desassossego que me consome, a garganta gelada sufoca aquelas palavras que seriam para ti mas que, à falta de coragem e de drogas duras, confesso a quem me conhece e me entende.

Hoje, num dia como os outros, sei que tu me completas. Não que perceba o porquê...são os teus gestos, as tuas mãos, as tuas palavras...és tu que me faltas. É a tua falta que me inebria, é o teu sabor que me inquieta.

Vais permanecendo...rodeado pelos outros e nunca a sós.

Fico à tua espera.

As coisas não são coisas!

As coisas tornam-se cada vez mais prováveis,
tu das-me... eu dou-te e ele dá-te
Tu chateias-me, continuas a chatear... ainda chateias mais,
oh pá!... eu acendo um charro, respiro fundo...
o ar agita o diafragma sai pela boca, começo a ter contracções,
Meus deus.... é um menino!!
Não sai ao Pai, nem à Mãe...!
Não me parece que tenha parecenças com o Espirito Santo!
O gajo pede para fazerem um teste de DNA, o resultado é absolutamente raro!

Ele não é ele...! ... não tem sangue! Tornou-se ele mesmo dentro do nada disto tudo.
Como é possivel esta possibilidade do nada dentro de tudo mesmo?!

Absolutamente raro, estranho, fantástico.... não!!
Volto a beber um copo de vinho. Qual copo, qual quê?! Eu quero é a garrafa toda!
Bebo-a de penalty.... GOLOOOO!!! Grande pontapé de bicicleta, sim senhor!!! Tens futuro Rapaz!

(continuação da história na próxima semana no quiosque perto de si.
Nunca se esqueçam, MDM ao Poder.)

Informação de última hora, consta-se que já está aberto o castting para a selecção de pessoal para o belo e magnifico partido MDM.
Se tens os dentes todos na boca, se todos eles tem chumbo preto, se dás peidos como ninguém, se arrotas como um verdadeiro senhor, e tens a unha do mendinho maior do que as dos outros dedos, oh páaa.... não apareças!...

Fiquem bem!! MDM

domingo, outubro 16, 2005

Fazes-me falta

Ouve o barulho do vazio que entra pela janela…o mundo esqueceu-se de respirar…suspenso no tempo, perdeu um brinco de cristal que usava na orelha direita, do lado oposto do coração.
O cigarro já não arde e o fumo sabotou os pulmões…explodindo o quarto em minúsculas pedras de sal.
O teu segredo está oculto, bem guardado nas memórias…Não fazes sentido mas fazes-me falta.
Escondes-te um relógio no útero de uma prostituta para que o tempo fosse de amor, para que ela desse à luz um novo momento. Pagas-te para que o tempo voltasse para trás…
Via-te assim, atarefado com o tempo remexendo no meu corpo como se fizesses uma autópsia ao meu sentir…
Eras o meu pequeno querubim sem asas…com o cabelo encaracolado, desfeito depois de uma tarde de despojos.
Nunca soube dizer o que sentia, pelo menos de uma maneira que fizesse sentido, até porque nada fazia sentido. Nada tinha sabor! Um tumultuoso fervilhar de não emoções.
Perdia de todas as vezes que acreditava!
As noites da ribeira são estranhas, paradas no tempo, esquecidas no reflexo amarelo do rio onde as histórias de amor de estranhos fazem um ricochete na parede do estômago daqueles que não tem coração…
Trazias o mesmo perfume nojento que não me canso de vomitar…o mesmo cabelo encaracolado, o mesmo olhar…e a noite aconteceu assim! Sem ponta por onde se lhe pegue, sem rasto de emoção. E eu com tanto para contar, com tanto para te gritar no ouvido. Querendo acreditar que por baixo do teu casaco estariam as asas…
Não foi a última vez que o encontrou…com o tempo vai parecer menos difícil!
Hoje fazes-me falta!
E vou para casa sem nada para contar…caindo no vazio!
Pelo menos havia torradas e uma bela conversa MDM.

Dimensaooculta

quarta-feira, outubro 12, 2005

Bono no Hi5!

Aqui fica a descoberta do dia....BONO NO HI5...consta-se que o Mourinho também lá anda metido....

http://www.hi5.com/friend/displayProfile.do?userid=19031788

terça-feira, outubro 11, 2005

MDM in google!



MDM no google:(

Sinto que estamos estranhamente representados....

segunda-feira, outubro 10, 2005

Fui ver o mar

Inspiramo-nos todos os dias...e desinspiramo-nos com a mesma rapidez. Seja um olhar, uma palavra, um acto, ou até mesmo uma palavra que não foi dita..apatia.
Penso agora no tudo o que não foi e no nada que nunca deveria ter sido...e na intransigência de quem não entende nenhuma forma de vida para além da própria...
Viajantes como o nelinho..viajante apático, não são muito diferentes de homens viajantes, perdidos na sua tão própria forma de vida, tentando encontrar-se numa relação estável, esquecendo que o amor é tudo menos estável.

Homens que se assustam com a livre expressão sexual das mulheres...que não sabem que o acto de viver é uma forma de expressão que deve ser respeitada e não tida como forma de leviandade...que não sabem que um compromisso não implica não viver, não conhçer, não rir com desconhecido.
A experiência permitiu perceber que um gajo de malas nem sempre é interessante e não só...muito mais ficou a descoberto...que apenas o comboio passa em Espinho..Dias de história MDM que são vividas ao acaso mas sempre com um propósito...sempre inusitado..

Ficam as lembranças de quem vive sem freios e sem falsas convincções sobre os outros...Amor é isto mesmo...Amar é isto mesmo...sabendo que amanhã já nada será o mesmo, sem um porto seguro, com suores frios e borboletas na barriga. Horas sem sono e minutos com pressa...

Dias MDM!!E se o crime compensa arranjem mulheres que fiquem em casa a coser meias porque eu vou ver o mar...

dimensaooculta

domingo, outubro 09, 2005

MDM in Italy!


[Aqui fica a prova...MDM in Italy]

Grazie Erasmo, nostro fidele discepolo

O crime compensa!

Das projecções que saltam do ecrã surge a conclusão lógica...o crime compensa!

Em mais um início de noite, no rescaldo de um dia de eleições, os votos da soberania popular explicam muito daquilo que somos enquanto povo...apáticos, desinteressados e atávicos, enfim felizes!

Aliás, a apatia faz-me recuar até à noite passada. Um apático com malas em frente ao Rivoli. E, nós, interessados...a dar-lhe boleia, a mostrar a invicta a um suposto designado Nelinho que, afinal, era Eusébio. A experiência permitiu, no limite, perceber que um gajo de malas nem sempre é interessante e pode ser, estranhamente, apático.

Apesar da desilusão com o nosso viajante, a noite tem essa magia. Desenrola-se por si só, ainda por cima, marcada pelo luar. Foi-se a ilusão de conhecer Frankfurt por palavras mas ficou, como sempre fica, a magia de uma noite entre os rostos que gostamos, pr entre os sítios que nos marcam e as pessoas que nos desafiam. Se bem que o desafio maior foi o de fazer entender ao Eusébio que Coimbra, às 5 da manhã, não era uma rota apetecível. Fiquemo-nos por Espinho...onde começa o mar e por onde passa o comboio.

Na despedida ficam, como quase sempre, as recordações, as histórias que nós, que nunca nos havemos de separar, vamos acumulando.

Dias de história, dias MDM...e se o crime compensa havemos de ser poder!

[pelos que, como eu, votaram em branco fica a consciência tranquila mas desinspirada]

terça-feira, outubro 04, 2005

Janela


Fica sempre frio quando se abre a janela que dá para o mar...mas é tão reconfortante que apetece morrer de frio.
Foi assim que a encontraram...a janela aberta...observando o mar que morria lentamente no seu olhar.
Abraçava uma falsa esperança e nas mãos uma carta: " a todos os que nunca souberam que o meu coração mentia..."
É fim-de-tarde na minha memória e afinal só tu me velas os sonhos.

dimensaooculta

segunda-feira, outubro 03, 2005

Pensar

Sossega.
Cria a tua própria alma no escrêve-la, o teu pensar que ignoras, a notícia da beleza que passou por ti.
Cria a tua serenidade nos arredores afastados de onde és obrigado a existir o que não és.
Corta a passagem do que és para o lado em que não consentem que o sejas.
Inventa-te na ignorância dos outros sobre ti - e terás renascido inteiro para o inquestionável de seres.
A porta...
Fecha a porta.

Vergílio Ferreira

Para todos os que o sabem...adoro-vos!!!!
dimensaooculta

domingo, outubro 02, 2005

Havia muito sol do outro lado

Aquilo tornara-se um vício.Ele ouvia um telefone a tocar e logo estendia o braço e levantava o auscultador.
- E se fosse para mim?
Os amigos fazim troça:
- No consultório do teu dentista?
Uma noite estava sozinho, no rossio, à espera de um taxi, quando o telefone tocou numa cabine ao lado. Era no fim da noite e chovia: uma àgua mole, desesperançada, tão leve que parecia emergir do própio chão. Ruben enfiou as mãos nos bolsos do casaco.
- É claro que não vou atender - disse alto. - Não pode ser para mim. Se atender este telefone é porque estou a enlouquecer.
O telefone voltou a tocar. Não chegou a tocar cinco vezes. Ele correu para a cabine e atendeu.
- Está?
Estava muito sol do outro lado. Era , tinha de ser, uma tarde de sol.
- Posso falar com o Gustavo?
A voz dela iluminou a cabina. Ruben pendou em dizer que era o Gustavo. Estava ali, àquela hora absurda, abandonado como um náufrago na mais triste noite do mundo. Tinha direito de ser o Gustavo (fosse ele quem fosse).
- Você não vai acreditar mas a sua chamada foi parar a uma cabina telefónica.
Ela riu-se. Meus Deus era como beber sol pelos ouvidos:
- Não brinques! ès tu, Gustavo, não és?...
Sim ele tinha o direito de ser o Gustavo:
-Infelizmente não. Você ligou para uma cabina telefónica, no Rossio, eu estava à espera de um taxi e atendi.
Quase acrescentou: "pensei que pudesse ser para mim". Felizmente não disse nada. Ela voltou a rir:
-Tenho a sensação de que esta chamada vai ficar-me cara. Sabe onde estou?
Estava em Pulau Penang, na Malásia, e dali, do seu quarto, num hotel chamado Paradise, podia ver todo o esplendor do mar.
-Nunca vi nada com esta cor- sussurrou- só espero que Deus me dê a alegria de morrer no mar.
ele ficou em silêncio. Aquilo parecia a letra de um samba. Ela começou a chorar:
- Desculpe que vergonha...Nem sequer sei como se chama.
Ruben apresentou-se:
- Ruben, 34 anos, trabalho em publicidade.
Pediu-lhe o número de telefone e ligou utilizando o cartão de crédito. Aquela chamada ficou-lhe cara. Casaram oito meses depois. Ele diz a toda a gente que foi o destino. Ela pelo sim pelo não, proibiu-o de atender telefones.


José Eduardo Agualusa " a substância do amor"

Para os que ainda acreditam em histórias de amor e não tem medo de as viver...
Dimensaooculta

Antes que o Outono nos consuma

Novo mês, novos membros

À medida que caem as primeiras folhas, que as mangas ficam mais compridas e que o corpo se esconde por entre os trapos, à medida que o Outono se insinua, estranhamente por entre raios de sol, o blog cresceu...porque o Outono tem destas coisas...cheira a morte, cheira a nevoeiro. E, antes que tudo isto vá morrendo, espera-se que renasça a seis mãos.

Ficam aqui a Dulce e a Dimensão Oculta. Para o que der e vier!

Adoro-vos*