domingo, outubro 29, 2006

Yeah Yeah Yeahs - Maps (acoustic)



Em Outubro vestimos algumas noites de Primavera junto ao rio, como que advinhando um longo Inverno.

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quinta-feira, outubro 26, 2006

Teatradas


A Arte tem hora marcada.

Estão todos convidados...entrada gratuita para a estreia mundial nessa bela localidade de Canelas.

Reacções ao pagamento de portagens nas 3 SCUT's do grande porto

domingo, outubro 22, 2006


Há um profundo conhecimento da nossa ausência, quando queremos lembrar o passado para poder viver em paz o presente.
E não há ninguém que saiba de nós, nem mesmo o próprio corpo.
Listening Damien Rice-O-older chests

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quinta-feira, outubro 19, 2006

Rajadas


Os pés frios, Damien Rice e a chuva lá fora. As rajadas de vento apuram os sentidos, têm esta leve magia de nos fazer sentir vivos. A volúpia do vento abraça-nos, envolve-nos, a mecânica das coisas leva-nos de encontro ao metro. A chuva fica lá fora mas os cabelos continuam húmidos, os pés frios, as mãos pálidas e o sentir cada vez mais gélido.

A chuva é uma boa desculpa para a depressão, a vida é a condição ideal para a morte.

quinta-feira, outubro 12, 2006

A cidade é um chão de palavras pisadas

A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância e a palavra medo.

A cidade é um saco um pulmão que respira
pela palavra água pela palavra brisa
A cidade é um poro um corpo que transpira
pela palavra sangue pela palavra ira.

A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.

A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há.
José Carlos Ary dos Santos

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Quando se inventa o amor quase sempre se esquece que aqui, ainda é o único sítio onde podemos esquecer, porque é o único lugar onde o amor não precisa de ser inventado.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Na feira

















Numa incursão pelo mundo das pratas e casquinhas, aqui fica a subtileza das imagens de sempre, em jeito de celebração pelos significados que ainda permanecem, pela beleza que se descobre por entre a imensidão de focos díspares.

domingo, outubro 01, 2006

Sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas que tem como evidentes. Acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos; acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouvirei o som da água no rio onde tantas vezes mergulhei a cara, para sempre serei a brisa que entra e passeia pela casa. Nisto eu acredito: na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos.
E a tua voz ouço-a agora, vinda de longe, como o som do mar imaginado dentro de um búzio, através da espuma quebrada na areia das praias…Apenas nos iludimos!”

Miguel Sousa Tavares
Fotografia de Geoffroy Demarquet

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