segunda-feira, outubro 17, 2005
Entre torradas
A manteiga derretida e os biscoitos de cão aconhegam o estômago mas não chegam para aquecer a alma. Numa noite de desilusões (para além dos 2-0) e de reencontros inesperados...por entre o fino e as conversas de sempre sinto a tua falta. Como sempre aliás...por entre os reflexos do rio e os momentos que medeiam mais um cigarro, a tua lembrança insiste em permanecer...permanece tudo tranquilo como sempre...pulido, inoperante, passivo. Apesar do desassossego que me consome, a garganta gelada sufoca aquelas palavras que seriam para ti mas que, à falta de coragem e de drogas duras, confesso a quem me conhece e me entende.
Hoje, num dia como os outros, sei que tu me completas. Não que perceba o porquê...são os teus gestos, as tuas mãos, as tuas palavras...és tu que me faltas. É a tua falta que me inebria, é o teu sabor que me inquieta.
Vais permanecendo...rodeado pelos outros e nunca a sós.
Fico à tua espera.
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