terça-feira, agosto 29, 2006

negro

Eram cabos negros
searas de trigo
infinito de águas brancas
uma turbulência escondida
na calma aparente.
Eram anjos, pessoas, animais e vento! Muito vento!
Tanto e tão calmo.
Como se o tempo fosse o vento,
como se as palavras fossem água que se estendiam eternamente pelas searas de trigo.
Era gente, eram vozes baixas, passos vazios, ecos em surdina.
Era o tempo que era o vento que era a água. Era a água que era o meu ventre
e dele saiam todas as coisas do mundo numa estranha harmonia,
tão diferente do dia-a-dia.
Era a paz de um acordar de que nunca se acorda, o olhar de quem nunca deixou de ver.
Era o vento que era água. Era água que me corria nas veias e a minha paz eram rios feitos de mar, feitos de gente, feitos de pensamentos e todos os pensamentos eram o vento, que era o tempo que era a minha paz.
Era o meu sonho que sonhava…talvez a minha vida!
Era o tempo que era o vento!

dimensaooculta

5 comentários:

Mariana disse...

Belo início de dia. As tuas palavras inspiradas pintam hoje uma manhã diferente, para lá da rotina que nos vai amordançando. Por momentos senti o vento, a água,...a liberdade que se esconde todos os dias.

Obrigada;)

Anónimo disse...

...que liberdade a tua, maior que...que grande é o teu momento...que grande tu és...que liberdade nos dás...tão boas as tuas palavras...que mundo bom esse...

Anónimo disse...

meu amor, meu amor, meu amor, terno amor, que grande poema

Anónimo disse...

A voces que me inspiram...um abraço apertado, cheio de saudades e amor!
A ti mariana que me fazes sonhar, que não me deixas só, que me fazes sentir o vento.
A ti arcanjo pelo conhecimento.
Á minha irmã que amo profundamente.
Ao meu Pedrocas e ao meu Boguinha, que apesar da distância não esqueco jamais e que também eles me inspiram pela sua generosidade.
A todos...Muito amor, paz e liberdade...porque todos são especiais, porque todos são estrelas brilhantes no meu dia.
Adoro-vos!!
dimensaooculta

margarida disse...

Está realmente soberbo, lindo...
Também te amo muito, mesmo nos vendavais.