São dias assim que me fazem adormecer. Cair na sonolência, sentir que o ténue fio que nos une à vida só nos arrasta sem nos prender. Hoje a vida surge assim. Arrasta mas não prende. Passam o sol, a chuva, circulam as nuvens mas, cá em baixo, é como se nada se movesse. Pressinto o movimento mas a vida só me arrasta. Não morde, não arranha...passa de mansinho. Sinto-me a mim e olho para eles. Movimentos mecânicos, sentimentos deambulantes. Só. Por momentos, gostava de me sentir diferente, saltar da multidão, prender-me à vida, sentir o pulso eterna e freneticamente. Nada...só a vontade de viver. Cá fora, os passos são mecânicos, o sentir cada vez mais abafado.
Hoje, com o sol a fugir às três da tarde, sinto a vontade de um grito. Em redor, só a placidez de mais um dia. Em silêncio reprimo mais uma vez esta ânsia. Em silêncio permaneço assim...só.
sábado, dezembro 10, 2005
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3 comentários:
Não te conhecia este lado... tão deprimente!!!
Mas o que é a vida sem estes momentinhos de depressão e vazio existencial?
argh...
lu
Olá Lu, suponho que sejas tu Luísa. Obrigada pela visita. Mas as pessoas são assim. Gravitam entre as palavras e os próprios sentimentos. Tudo aquilo que a minha boca não diz, as minhas mãos escrevem.
Até sempre!
Não digas "até sempre". Parece coisa de alguém que vai cortar os pulsos. Credo...
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