casa a casa
do céu sobre as colinas,
construída de cima para baixo
por chuvas e neblinas,encontrava
a outra cidade que subia
do chão com o luar
das janelas acesas
e no ar
o choque as destruía
silenciosamente,de modo que se via
apenas a cidade inexistente.
Fotografia de Mário Bruno Pastor
Carlos de Oliveira, Nevoeiro
7 comentários:
os paradoxos que existem em todas as cidades que trazemos no peito...o que restará de cada uma?
Uma eternidade de solidão S.
Beijinhos
Entremos nesse barco e partamos para o nosso castelo que resistiu à destruição da cidade.
n.
Eu não tenho castelos, já não acredito em histórias de encantar e há muito que deixei de sonhar com cidades perfeitas, que por algum motivo poderiam ter resistido à destruição. Porém acredito em barcos. Acredito nas viagens que ainda posso fazer de barco.
Eu não tenho castelos, já não acredito em histórias de encantar e há muito que deixei de sonhar com cidades perfeitas, que por algum motivo poderiam ter resistido à destruição. Porém acredito em barcos. Acredito nas viagens que ainda posso fazer de barco.
Menina, não te esqueças que "o sonho comanda a vida". Só assim "o mundo pula e avança". Entre o acreditar e não acreditar, entre o sim e o não, o tal intervalinho onde mal cabe uma agulha, transforma-se num rio difícil de atravessar se os remadores não remarem sincronizados.
n.
Eu nunca disse que não acreditava em sonhos! Só não acredito em certas coisas...
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