terça-feira, junho 10, 2008

Para o teu corpo criaria outdoors
magníficos e circunstanciais.
Os transeuntes boquiabertos apontariam
com dedos tesos a tua aparição beatífica
e ponderariam astros à procura de um sinal.
Calarias a passagem do tráfego
ensurdecerias a má-língua circunvizinha
alimentarias o sonho de guindastes
e as montras haveriam de fechar em sinal de respeito.
Eu, por minha vez, con
sentir-te-ia lancinante e trémulo como uma abóbora, místico e surreal como um acento
de intensidade. Olhar-te-ia com
formigueiro nas pernas e desataria
a implorar-te o perdão de coisas que nunca foram minhas.
Daniel Jonas, MOÇA FORMOSA, LENÇÓIS DE VELUDO( Moça for Muse)
Fotografia de Edward Weston

5 comentários:

Anónimo disse...

Exclusivo amor...

Quero que te dês de corpo e alma
Com louca volúpia, ou só loucura
Quero-te feliz, saciada, calma
O amor só é bom enquanto dura...

Outdoors não! é cupidez
Evita meu amor o desespero
Guarda a tua anónima nudez
E vem porque te quero...

N

Oriana Tavares da Rocha disse...

"Vi uma fotografia tua quando tinhas um dia e os teus olhos
só pressentiam a luz.
Ainda não sabias que a tua mãe
tem caracóis e o teu pai
ouvia metallica no caminho para as aulas do liceu.
Nem sabias ler
nem que o teu país era feito de mar e que o mar às vezes não é feito só de água (como a filosofia que alguém inventou quando chegou a casa e a cidade ardia)
Pousada no sofá, esticavas os dedos da mão esquerda(a direita não se via) e olhavas de frente para o amor dos primeiros homens e mulheres da tua vida.
Não me viste, eu sorri e escrevi este poema.
Não sei se vais abrir este livro.
Se um dia o fizeres, eu já não serei a pessoa que escreveu este poema nem tu a menina de olhos muito grandes e roupa a condizer com o inverno:
Vou devolver o sorriso que me deste para que fique mais cheio de futuro."

Poema Simples de RUI COSTA

Oriana Tavares da Rocha disse...

Nelson...Para onde queres que vá?

Anónimo disse...

Não te posso dizer aqui...
n.

Oriana Tavares da Rocha disse...

lololol...