sábado, abril 05, 2008

























"Se as crianças me perguntarem o que quero
respondo quero morrer.
Como a silila de Cumas se as crianças
me perguntarem o que estás aí a fazer
baloiçando nessa garrafa suspensa
respondo quero morrer.
Nesta garrafa suspensa baloiçando no ar
desgrenhado, com o peito arfante e o coração
a rebentar de fúria selvagem
se as crianças me perguntarem
o que estás aí a fazer, o que quero
respondo quero morrer.

Daniel Jonas em "Os fantasmas inquilinos"
Fotografia de Martin Stranka




5 comentários:

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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S. disse...

Não queiras morrer enquanto te viver no peito a sede de descobrir e oferecer palavras :)

Muito obrigada pelo mimo do Pedro Barroso...um comentário tão mais rico que o post comentado.

Oriana Tavares da Rocha disse...

:))) Fui ver o "nenhures" no TECA com o texto do daniel jonas.Fiquei fascinada..ao pesquisar na net vi este poema que me disse tanto, não propriamente o morrer mas por vezes querer desistir, penso que seja mais isso que sinto quando o leio. Tens que ver coisas dele, é mt bom.

Quanto ao mimo, é mesmo um miminho que nunca iria suplantar todas as outras escolhas, que são tuas e só por isso são mais ricas do que qualquer outras.
É um enorme prazer as visitas ao teu blog e é tão bom quando por aqui passas...

Volta sempre