domingo, junho 18, 2006

A ti...

Elegia em chamas
Arde no lar o fogo antigo
do amor irreparável
e de súbito surge-me o teu rosto
entre chamas e pranto, vulnerável:
Como se os sonhos outra vez morressem
no lume da lembrança
e fosse dos teus olhos sem esperança
que as minhas lágrimas corressem.

Poema de Carlos de Oliveira

Degas Ballerina Statue Study
graphite drawing



dimensaooculta

2 comentários:

Anónimo disse...

recordações de uma casa, de chuva e de amor.


Se

se tanto me dói que as coisas passem.
É porque cada instante em mim foi vivo.
Na luta por um bem definitivo.
Em que as coisas se eternizassem.

Sophia de Mello Breyner



O jardim e a casa


Não se perdeu nenhuma coisa em mim.
Continuam as noites e os poentes, que escorreram na casa e no jardim, continuam as vozes diferentes, que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,e através de todas as presenças, caminho para a única unidade.

Sophia M.B.

Com todo o amor do mundo que me coube, é teu ele todo.


Para ti, Ana Marta

arcanjo miguel

Anónimo disse...
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