Num dia de pontaria certeira para os lados da Guarda, por entre os tiros que resvalam pelas pedras da calçada, volta a tua recordação. Não sei se pelo sangue, se, pura e simplesmente, pela fúria que inspira os crimes. A verdade é que a tua imagem permanece, tal como resiste uma noite de sexta perdida entre os pisos da casa da Música, a viagem até Espinho e as batatas fritas à porta de minha casa.
Estranhamente, sendo a minha memória tão visual, hoje as imagens dessa noite são parcas. Ficam os sentimentos que é, como quem diz, fica tudo.
A angústia, o ódio, a inveja,....coisas que já não me lembrava de sentir. Mas, a verdade é que o homem é um ser de paradoxos. Vive apaixonado mas resiste sempre insatisfeito. Há sempre algo que falha, há sempre um olhar que falta e o teu toque que persiste.
Até sempre.
http://jpn.icicom.up.pt/2005/09/27/miguel_madeira_assassinado_devido_a_lugar_de_estacionamento.html
terça-feira, setembro 27, 2005
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário