quarta-feira, julho 16, 2008

Porque sou mulher


O dia estava quente. Um calor omnipresente, sufocante, não havia gota de suor que não transportasse um travo de choro. Eram lágrimas talvez...nunca se confirmou. Ela descia a rua apertada com o desejo na face. Não é fácil viver na eminência de um qualquer desastre. Ela sabia que os saltos não ajudavam ao caminho, que o sol não vestia réstia de esperança. Só ela, o calor atroz, a vontade de chegar e um monte de pequenas histórias que resumiam uma existência quase insignificante. Só isso é quase tudo num dia assim.

A inconsistência das histórias passa precisamente pelas versões. Onde há versões há gente. Onde passa o homem, há pó, há sangue, haverá sempre feridas em aberto.

P.S.: De regresso mas sempre por perto

2 comentários:

Anónimo disse...

Quem é esta formosa versão de Diana que que atira aos pombos indiferente às feridas e ao sangue que derrama?

Mariana disse...

A resposta é simples, o google fê-la surgir, a minha vontade colocou-a cá e as palavras prendem-na:)...há histórias que não passam de meros acasos.